Paracetamol na Gravidez – Pode usar ou Não?

 em Obstetrícia

PODE!!! Uso com indicação precisa!!!

O Comitê de Publicações da Sociedade de Medicina Materno-Fetal (SMFM – Formado por experts em gravidez de alto risco) revisou novos estudos, juntamente com a literatura anterior, incluindo a comunicação de segurança de drogas da Food and Drug Administration (FDA). Semelhante a estudos prévios que relatam associação entre paracetamol pré-natal e aumento de chances para problemas neuro-comportamentais infantis, esses estudos mais recentes possuem limitações metodológicas e de desenho significativas.

Com base na avaliação da SMFM, acreditamos que o peso da evidência não é conclusivo em relação a uma possível relação causal entre o uso de acetaminofeno (paracetamol) e os transtornos neurocomportamentais na prole.

Tal como acontece com todo o uso de medicação durante a gravidez, a comunicação sobre os riscos em relação aos benefícios da prescrição e uso de medicamentos em excesso deve ocorrer entre o paciente e o provedor.

O Comitê de Publicações SMFM continua a recomendar que o acetaminofeno (paracetamol) seja considerada uma escolha de medicação razoável e adequada para o tratamento de dor e / ou febre durante a gravidez.

Fonte: http://www.ajog.org/article/S0002-9378(17)30128-X/pdf

O que eu penso em relação à qualquer medicação na gravidez é que se tiver que realmente utilizar, deve-se fazer uso. Por exemplo, uma febre ou uma dor repentina, usa-se sim o antitérmico e analgésico em questão. Mas imagine uma pessoa se expondo a fatores de risco que ocasionam o aparecimento de dores. O tratamento neste caso ideal não é o paliativo com o uso abusivo do analgésico; é sim o tratamento preventivo com a retirada dos fatores de riscos.

Lombalgia não se trata apenas com analgésicos e antiespasmódicos – fisioterapia, acupuntura, atividade física (bem supervisionada), pilates correspondem a excelentes formas de tratamento.

Certos tipos de dores de cabeça (cefaléia) são causados por distúrbios de ansiedade e mau gerenciamento do estresse. Corrigir este fator de risco é fundamental ao invés do uso isolado da medicação analgésica.

 

Gravatá, 30 de dezembro de 2017

 

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