Prematuridade

 em Obstetrícia
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Sabia que este mês também é #NovembroRoxo? É uma campanha de conscientização sobre os desafios da prematuridade, com objetivo de alertar as gestantes sobre os fatores de riscos que podem ocasionar o parto prematuro. O roxo é símbolo de sensibilidade e individualidade, além transmutação e mudança, características peculiares de um bebê prematuro.

E hoje, #DiaMundialDaPrematuridade, vamos falar um pouco mais sobre este assunto, que exige cuidados especiais de todos. É preciso garantir que a avaliação de risco de parto prematuro se torne parte integrante na avaliação pré-natal!

Denomina-se parto prematuro a interrupção da gravidez antes de 37 semanas

Cerca de 90% das mortes perinatais ocorrem por parto prematuro, insuficiência placentária e defeitos congênitos. Mais de 75% dos casos poderiam ser prevenidos sem necessidade de cuidados intensivos;

A Prevenção do Parto Pré-Termo (PPT) é um problema de saúde pública e um dos maiores desafios da medicina perinatal. Alguns fatores de risco de PPT são:
– Hipertensão;
– Diabetes;
– Infecção;
– Colo curto;
– Malformações uterinas;
– Antecedentes de cirurgia no colo;
– Antecedente de PPT;
– Insuficiência ístimo cervical;
– Gemelaridade
– Polidrâmnio.
– Restrição do Crescimento Intrauterina

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Uma das melhores evidências científicas em obstetrícia é a corticoterapia antenatal, ou seja, a administração de medicação (corticosteróides) para o amadurecimento do pulmão do bebê. Isso tem propiciado redução na morbimortalidade perinatal
.
Eu não sou tão jurássico, mas sou da época em que nós prescrevíamos o corticoide apenas até a 34a. semana de gestação. Porém, a ciência muda e a gente se adapta ao que é o melhor para a mamãe e seu bebê
.
*Então, AS EVIDÊNCIAS ATUAIS SUPORTAM O USO DA CORTICOTERAPIA ANTENATAL ATÉ 36 SEMANAS E 6 DIAS DE GESTAÇÃO
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A Sociedade de Medicina Materna e Fetal elaborou algumas recomendações para o uso de corticoesteróides no período pré-termo tardio nas mulheres com risco de parto prematuro

1. Na mulher com gestação única, entre 34 semanas e 36 semanas e 6 dias com risco de parto prematuro em 7 dias, mas antes de 37 semanas recomenda-se o tratamento com betametasona 12mg intramuscular, repetindo a mesma dose24 horas após.

2.Na mulher com sintomas de parto prematuro no período pré-termo tardio(entre 34 semanas e 36 semanas e 6 dias) recomenda-se esperar pelo menos a dilatação de 3cm ou o apagamento do colo uterino em 75% antes do tratamento com betametasona.

3. No período pré-termo tardio para as mulheres que já receberam o tratamento com betametasona neste período, a tocólise é contraindicada

4. Na gestante no período pré-termo tardio em casos com potencial indicação médica para o parto no período, não se recomenda a administração de betametasona, a menos que haja um plano definitivo para o parto prematuro

5.  Recomenda-se que as instituições tenham protocolos de manejo da hipoglicemia neonatal de prematuros tardios.

6. Não se recomenda a administração de corticoesteróide antenatal para os casos sem indicação precisa, não baseada nos estudos randomizados

Fonte: http://www.ajog.org/article/S0002-9378(16)00475-0/pdf


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Gestantes portadoras de LES têm um risco maior de parto cesariano, pré-eclâmpsia(PE), parto prematuro, trombofilia e diabetes gestacional. Entretanto, quando o LES está controlado, a gravidez tende a ser mais segura. .

PREVENÇÃO E TRATAMENTO TRADICIONAL
-Controle da Pressão arterial fundamental para o acompanhamento pré-natal
– Drogas anti-hipertensivas de escolha para LES: labetolol, nifedipina ou metildopa
– Ácido Acetil Salicílico em baixas doses reduz o risco de PE e de complicações perinatais severas, além de fazer parte do tratamento da SAAF
– Heparina de Baixo peso molecular: tratamento recomendado para SAAF e determinadas trombofilias, bem como para gestantes com mau passado obstétrico (abortos de repetição, óbitos fetais tardios, histórico de descolamento prematuro de placenta e/ou hemorragia pós parto, distúrbios tromboembólicos)
-Hidroxicloroquina: também tem um papel importante na prevenção da trombose e da syndrome antifosfolípide. É uma droga considerada segura na gestação
– Corticoesteróides são comumente utilizados ajudam a controlar a imunidade
– Outras drogas imunossupressoras como ciclofosfamida, azatioprina, ciclosporina, tacrolimus são citadas no artigo, porém com um maior risco de uso na gestação.

TRATAMENTO INTEGRATIVO
– Alimentação funcional: uma alimentação “anti-inflamatória”, favorecer a microbiota intestinal como barreira contra infecções / inflamação crônica (considerar o uso de probióticos em alguns casos, sobretudo associados à prisão de ventre)
– Nutracêuticos: vitamina D, complexo B, omega 3, selênio, zinco representam importantes aliados;
– Gerenciamento do Estresse e do Sono: Um bom funcionamento da glândula adrenal pode favorecer à produção endógena de corticosteróide, bastante útil no LES
– Atividade física: melhora a circulação diminuindo o risco de complicações tromboembólicas. Ioga, meditação e pilates podem favorecer ainda o gerenciamento do estresse
– Formação de equipe transdisciplinar com: obstetra, reumatologista, hematologista (se SAAF ou trombofilia), nutricionista, psicólogo, profissional de educação física (na orientação da atividade física quando indicada)


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