Zika Vírus e Microcefalia (Síndrome da Zika Congênita)
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?A partir de agosto de 2015, houve aumento no número de casos de microcefalia neonatal no Nordeste do Brasil. Esses achados foram identificados como sendo uma epidemia de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika (ZIKV). Este trabalho analisou a distribuição espacial dos casos de microcefalia em Recife (2015-2016), Nordeste Brasileiro, bem como sua associação com as condições de vida nesta cidade.
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?Metodologia
?Este foi um estudo ecológico que utilizou dados de casos notificados de microcefalia do Departamento de Saúde do Estado de Pernambuco (agosto de 2015 a julho de 2016)
?A unidade espacial básica de análise foi os 94 distritos do Recife
?A definição do caso da microcefalia foi: recém-nascidos com uma circunferência de cabeça inferior ao ponto de corte de 2 desvios padrão abaixo do valor médio da curva de crescimento de Fenton estabelecida
?Como indicador das condições de vida dos 94 distritos, calculou-se a percentagem de chefes de famílias com um rendimento inferior ao dobro do salário mínimo
?Os distritos foram classificados em quatro estratos homogêneos
?Foram planejadas as localizações de cada caso de microcefalia em uma camada de condições de vida.
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?Resultados
?Durante o período de estudo, foram notificados 347 casos de microcefalia, dos quais 142 (40,9%) preencheram a definição de caso de microcefalia
?A estratificação dos 94 distritos resultou na identificação de quatro estratos
?O maior estrato em relação às condições de vida apresentou a menor taxa de prevalência de microcefalia, e a diferença geral entre essa taxa e as taxas dos outros estratos foi estatisticamente significante
?HOUVE UMA FORTE ASSOCIAÇÃO ENTRE UMA MAIOR PREVALÊNCIA DE MICROCEFALIA E CONDIÇÕES DE VIDA PRECÁRIAS
?Após os primeiros 6 meses do período de estudo, não houve casos de microcefalia registrados na população que vive nos estratos socioeconômicos mais ricos.
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*Note na figura a imensa maioria dos casos de Mirocefalia na localizados na faixa preta, correspondendo às regiões com piores condições de vida, seguida pela faixa cinza escuro e condições de vida baixa, pouquíssimos casos na faixa cinza claro de condições de vida média e nenhum caso na área de boas condições de vida.
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?Conclusão
?Este estudo mostrou que aqueles que residem em áreas com condições precárias de vida apresentaram maior prevalência de microcefalia em comparação com populações com melhores condições de vida
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Fonte: Souza et al. BMC Public Health (2018) 18:130 , https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/track/pdf/10.1186/s12889-018-5039-z?site=bmcpublichealth.biomedcentral.com
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Parece óbvio e realmente é, mas pouco foi divulgado (minha opinião) sobre essas condições de vida e a associação da Síndrome da Zika congênita. Um dia chegaremos também às questões alimentares, o quanto influenciaram na aquisição do vírus e seus efeitos nefastos. Deficiência de macro e micronutrientes, alimentação disfuncional piorando o estado imunológico materno e suas consequências ruins para o desenvolvimento fetal. Um dia, a nutrologia medicina e fetal será uma área de atuação em Ginecologia e Obstetrícia ou mesmo na medicina fetal. #eusonho #euacredito #eufaço
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#microcefalia #microcephaly #zika #Síndromeda Zikacongênita #condiçõesdivida #nutrologiamaterna #nutrologiafetal #medicinafetal#ginecologiaintegrativaefuncional
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??Depois de aprender sobre a teoria da apoptose (e seu possível envolvimento na patogênese da Síndrome congênita do Zika vírus) resolvi estudar alguns artigos sobre o tema. Encontrei este artigo entitulado Papel protetor da Sirtruína no estresse oxidativo mediado pelo vírus da hepatite B x expressão protéica, publicado na Plos On line de 2016 (doi: 10.1371/
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??Dentre as várias nuances do artigo, há a descrição bem evidente da importância do papel do estresse oxidativo gerado pelo vírus da hepatite B levando a uma apoptose (morte celular programada) . Contudo, a Sirtuína parece abolir este mecanismo, com seu importante papel antioxidante e protetor desta apoptose induzida pelo vírus da Hepatite B
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??Sirtuínas são enzimas que parecem estar relacionadas com o envelhecimento e na regulação da transcrição, apoptose e resistência ao estresse, como também com regulação de processos metabólicos em situações de baixa quantidade de calorias
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??É importante correlacionar os fatores antioxidantes como fatores de proteção para a qualquer tipo de infecção. Daí a importância de um bom fenótipo, de uma boa saúde, através de uma boa alimentação, rica em nutrientes, do papel antioxidantes de diversas vitaminas e demais nutrientes. Assim, preocupar-se com estes nutrientes que ajudam no desenvolvimento do sistema nervoso central (ácido fólico, vitamina B12, vitamina B6, Metionina, dentre outros) parece-me fundamental para qualquer gestante ou mulher em idade reprodutiva que planeja engravidar. Polimorfismos genéticos podem corresponder a fatores protetores ou de risco também; isto também pode explicar porque algumas pessoas possuem características semelhantes (como nos casos de gravidezes gemelares em que apenas um feto é acometido pela microcefalia) e apresentam desenvolvimento diferente, afinal, geneticamente elas são sim diferentes
Estava eu ontem (16/09/2016) na Jornada Pernambucana de Ultrassonografia quando assisti a uma brilhante palestra da Doutora Patrícia Jungmann que tratava sobre uma hipótese no mecanismo da patogênese do Zika vírus na microcefalia fetal.
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Graças a Deus, existem pessoas mais preocupadas com a identificação do mecanismo da patogênese e assim entender quais são os fatores de risco e os protetores para realizar uma política de prevenção adequada para a Síndrome congênita da Zika
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??Uma conversa entre médicos levou à construção de uma nova teoria sobre os caminhos que o zika vírus pode percorrer para culminar com o aparecimento da microcefalia no último trimestre da gravidez – um detalhe que tem intrigado os especialistas em medicina fetal, que geralmente só conseguem dar um diagnóstico dessa malformação em torno da 28ª semana de gestação. “Ele começou a descrever as imagens das ultrassonografias e questionou o que poderia fazer cair o potencial de crescimento do cérebro de uma forma súbita. Logo achei que a justificativa seria um mecanismo de suicídio celular no sistema nervoso central”, diz a patologista e imunologista Patricia Jungmann, ao contar sobre os primeiros diálogos com o médico Pedro Pires, coordenador de Medicina Fetal do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros.
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??Juntos eles defendem que a microcefalia pode ser consequência de uma reação exacerbada de um fenômeno chamado de apoptose, que acontece a partir da 20ª semana de gestação no sistema nervoso central. Trata-se de um mecanismo de triagem de neurônios para que só células perfeitas e funcionais sejam selecionadas. A formação do cérebro normal passa por essa etapa. “Mas a presença de uma infecção viral nessa fase aceleraria esse mecanismo em condições acentuadas. A nossa hipótese é que a presença do zika vírus nos neurônios seja um indutor de apoptose, que promove uma redução de massa cinzenta no sistema nervoso, um sinal observado nas tomografias”, explica Patricia, professora da Universidade de Pernambuco e doutora em patologia pelo Instituto Pasteur, em Paris.
?? Esta imagem do trabalho do New England de julho de 2016 (Modeling Zika Virus Infection in Pregnancy) demonstra que o Zika vírus (ZIKV) infecta o cérebro fetal do rato com tropismo para as células do córtex cerebral e zona ventricular, incluindo células progenitoras neuronais corticais e células gliais radiais
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?? A infecção pelo ZIKV leva à redução das camadas corticais e da cavidade ventricular devido a um aumento da morte celular em em células progenitores neuronais corticais, especialmente nas zonas intermárias e ventriculares
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Precisamos avançar no entedimento desta patologia que ocasionou um enorme e irrecuperável problema de saúde pública. Está mais do que na hora de estabelecer alguma proposta terapêutica para as gestantes que apresentarem alguma suspeita de infecção pelo Zika vírus, além de mais medidas preventivas
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Fonte: http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMcibr1605445
Estudo do New England de Julho de 2016 estudou a infecção pelo Zika vírus e sua patogênese em ratos
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??Esta figura representa a placenta de rato que possui dois componentes (materno e fetal) incluindo as zonas de junção e do labirinto
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O Zika Vírus (ZIKV) pode infectar trofoblastos da placenta, incluindo as células trofoblásticas gigantes, os glicogênio-trofoblastos, espongiotrofoblastos na zona de junção e os trofoblastos maternos mononucleares, sinusóides, e as células endoteliais que revestem os capilares fetais na zona de labirinto
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Vamos traduzir e refletir o que se pode avaliar (minha opinião)…
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Existem diversas células na placenta de ratos (e também de humanos) que são responsáveis por levar os vírus até o feto. Só que nestas células também existem diversos processos de defesa que por algum motivo nos casos mais graves são afetados, daí se entende porque alguns casos em humanos ocorre a presença de outras malformações além da restrição do crescimento intrauterino. É óbvio que fetos / mães com imunidade comprometida estarão mais predispostos. Por isso, não faz sentido nenhum tratar de um problema de saúde pública sem avaliar os principais hospedeiros: mãe e feto.
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Se ocorre uma má placentação, maior risco de estresse oxidativo, maior risco de infecção, acredito que a predisposição da infecção viral grave é maior. E se tiver hábitos alimentares, intestinais, psíquicos e de sono ruins, claro que isto representa outro fator de risco
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Portanto, além de seguir as recomendações habituais, outro aspecto importante é planejar a gravidez, avaliar sua imunidade, modificar hábitos de vida ruins, melhorar a alimentação, gerenciar o sono e o estresse. Este sim é um tratamento integral
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Fonte: http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMcibr1605445
- Pesquisa inédita realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) detectou a presença do vírus Zika em mosquitos Culex quinquefasciatus (a popular muriçoca ou pernilongo doméstico) coletados na cidade do Recife. Esse achado confirma a espécie como potencial vetor do vírus causador da zika, hipótese que, de acordo com a literatura científica, não havia sido comprovada até o momento
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?? Mais detalhes sobre a pesquisa disponível no link http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/fiocruz-identifica-mosquito-culex-com-potencial-de-transmissao-do-virus-zika-no-recife. Ainda não encontrei o estudo na íntegra.
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O objetivo deste post, além de obviamente alertar sobre a importância da proteção contra OS MOSQUITOS através de meios físicos (roupas compridas, fechar as janelas) combate aos focos e uso criterioso de repelentes é trazer as seguintes interrogações :
1??O QUE APRENDEMOS COM QUASE 1 ANO DA EPIDEMIA DE ZIKA E MICROCEFALIA FETAL?
?? Muito pouco, falta responder a pergunta por que algumas mulheres têm infecção pelo Zika e desenvolvem microcefalia e outras não?
2?? DESCOBRIMOS OS FATORES PROTETORES PARA A INFECÇÃO PELO VÍRUS E O DESENVOLVIMENTO DE MICROCEFALIA?
?? Com tantos estudos, nenhum estudo novo se preocupou com outros fatores protetores exceto as medidas de combate ao mosquito, meios físicos e uso de repelentes
3?? EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE UMA MAIOR PREDISPOSIÇÃO DE INFECÇÃO VIRAL E MICROCEFALIA COM A CONDIÇÃO SOCIAL?
?? O governo esconde, mas 98% dos casos de microcefalia nasceram na rede pública
4?? PORQUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE EM JANEIRO RECOMENDOU POR ESCRITO A ADMINISTRAÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO (que na rede pública é de 5mg) PARA TODA A GESTANTE NA PÁGINA 13 DA NOVA CADERNETA DA GESTANTE DE 2016?
?? Ácido fólico reduz Homocisteína que é um dos fatores de inflamação e HIPERHOMOCISTEINEMIA é causa de microcefalia. Além disso ajuda no desenvolvimento do sistema nervoso fetal (além de outros nutrientes, como a vitamina B12)
5?? NÃO VALERIA A PENA AUMENTAR A IMUNIDADE DA GESTANTES COM NUTRACÊUTICOS E MELHORIA DOS HÁBITOS PARA PERMITIR UMA MELHOR DEFESA IMUNOLÓGICA DO HOSPEDEIRO?
?? Sim
6?? É por que ninguém escreve ou fala ou arrisca nada novo?
?? Não sei
Parece um tema novo, não é? Mas este artigo tem quase 20 anos. Publicado no The Journal of Nutrition, Levander em 1997, procurou dar uma visão geral da nutrição e a interrelação entre as doenças virais existentes naquela época. Devido ao aumento de 58% no número de mortes nos Estados Unidos por doenças infecciosas entre 1980 e 1992, o então diretor geral da Organização Mundial de Saúde, anunciou: “Nós estamos à beira de uma crise global em doenças infecciosas”
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O papel do estado nutricional do hospedeiro para determinar a resistência à infecção foi há muito reconhecida. A causalidade da doença deve ser vista como uma tríade complexa de interagir determinantes: agente etiológico, as características do hospedeiro e fatores ambientais/nutricionais. .
Fatores extrínsecos sobre a doença, por exemplo, toxinas da dieta, o clima, a densidade populacional, a estabilidade socioeconômica ou falta dela, além da própria carência nutricional são fatores de risco para as infecções
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Relacionaram àquela época que deficiência de selênio ou vitamina E foram encontrados em ratos determinam infecção mais virulenta do Coxsackievírus B3. .
Considerava-se que os fatores nutricionais ganhariam destaque no futuro como nas doenças emergentes por RNA vírus como Dengue, Ebola, Gripe etc
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Ressaltava-se ainda a capacidade antioxidante de alguns nutrientes bem como que a deficiência de nutrientes pode contribuir para a mutação do vírus
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A associação entre estresse oxidativo e infecção também foi revelada pelo Professor Peterhans posto que as concentrações de vários potentes antioxidantes fisiológicos (tocoferol, ascorbato e glutationa) diminuem durante o curso da infecção com a gripe. .
Conclusão do artigo: Se esta nova linha de pesquisa faz jus à sua promessa inicial, esta abordagem interdisciplinar de aproveitando a experiência combinada de nutrição e virologia deve fazer contribuições importantes para a nossa compreensão dos mecanismos de patogênese viral e fornecer informações práticas sobre como maximizar a resistência do hospedeiro à infecção .
?? Este trabalho avaliou a importância de alguns nutrientes para o tratamento (adjuvante) da Dengue. Foram eles:
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?? Vitamina D: Inúmeros estudos enaltecem a importância de tal vitamina (hormônio) em melhorar a resposta imunológica para diversas patologias.
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Zinco: também importante para a resposta imune, sua deficiência está relacionada com a diminuição da resistência à infecção viral
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Vitamina A: regulador central da resposta imune, além da função antioxidante do retinol e betacaroteno
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Ferro: sua deficiência está relacionada com diminuição da resposta mitogênica, da atividade das células NK, dos linfócitos bactericidas e dos neutrófilos com atividade fagocitária
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Cromo: importante na regulação da glicemia, afeta a resposta imune pela influência aos Linfócitos T e B, células apresentadoras de antígenos e produção de citocinas, além de um efeito na redução do cortisol.
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??O artigo conclui: “CONSIDERANDO O POTENCIAL DA SUPLEMENTAÇÃO DE MICRONUTRIENTES REPRESENTAR MEDIDA DE BAIXO CUSTO E ADJUNTOS SIMPLES PARA MELHORAR O SUCESSO DO TRATAMENTO EM PACIENTES COM DENGUE, É SURPREENDENTE QUE O ÂMBITO DA INVESTIGAÇÃO NESTA ÁREA TEM SIDO BASTANTE LIMITADA. OS PESQUISADORES TAMBÉM DEVEM AVALIAR A POSSIBILIDADE DO ESTADO NUTRICIONAL É UM PREDITOR DE AQUISIÇÃO DE INFECÇÃO POR VÍRUS DA DENGUE EM ÁREAS ENDÊMICAS.”
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??RELEMBRANDO QUE O VÍRUS DA DENGUE É UM FLAVIVÍRUS COMO ZIKA E CHIKUNGUNYA.
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Enfim, especificamente para o adequado desenvolvimento do sistema nervoso central do feto, além destes nutrientes considero de fundamental importância a suplementação na gravidez de Ácido Fólico (combinado com ou na sua forma ativa, o Metilfolato) além de vitaminas do complexo B (sobretudo B12 e B12).
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Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4228873/pdf/tropmed-91-1049.pdf
Vale a pena ler este artigo do grupo de pesquisadores daqui de Recife, publicado neste mês de abril no British Medical Journal (BMJ). Trata do estudo com a maior e mais detalhada série de casos até o momento com os achados dos exames de neuroimagem de crianças portadoras de microcefalia e sua provável associação com a infecção pelo Zika vírus. Foram 23 crianças estudadas através dos exames de neuroimagem. Apenas 6 tiveram sorologia positiva para Zika enquanto que 17 não tiveram o resultado do líquido cefalorraquidiano (colhido em meados de novembro de 2015).
Infelizmente, o dano cerebral é severo e os achados mais frequentes foram calcificações e alterações no desenvolvimento cortical. Outros achados: cisterna magna aumentada, anormalidades no corpo caloso (hipoplasia ou hipogenesia), ventriculomegalia, atraso na mielinização, hipoplasia de cerebelo e tronco cerebral. Saliento que vários achados desses exames podem ser evidenciados ainda intraútero por especialistas em medicina fetal.
??Minhas Observações (nada a ver diretamente com o trabalho)
Eu acredito no controle da epidemia de microcefalia e infecção pelo Zika vírus, através da diminuição de fatores de risco relacionados às infecções. Desnutrição, carência de nutrientes (ácido fólico, vitamina B12, D, C, etc.), estresse, toxinas, péssimas condições de vida. A necessidade de uma pesquisa social que realmente caracterize esta população acometida pela microcefalia é urgente, além de fácil de ser executada. Continuamos a aguardar a vacina que irá nos libertar deste mal. E enquanto isso, não faremos nada? Precisamos aumentar a imunidade das gestantes, a qualidade do pré-natal, estimular a alimentação saudável e o adequado gerenciamento do estresse.
Fonte: http://www.bmj.com/content/bmj/353/bmj.i1901.full.pdf
O medo do zika e da microcefalia multiplicou ainda mais as restrições das grávidas. Mulheres acostumadas a mudar a rotina para esperar os filhos agora também estão aprendendo a usar o repelente com frequência e vestir, segundo recomendações do próprio Ministério da Saúde, roupas de mangas compridas. Esse último cuidado, entretanto, pode gerar outros problemas de saúde: agravar o déficit de vitamina D, problema comum em nove entre cada 10 pessoas que moram em centros urbanos do país. Alguns especialistas brasileiros defendem que a atenção seja reforçada nesse momento.
O médico neurologista e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Cícero Coimbra é um dos defensores de redrobrar os cuidados com o déficit de vitamina D em grávidas. Utilizando-se de pesquisas recentes brasileiras e mundiais, o médico saiu em defesa do uso da substância por dois principais motivos: o primeiro deles é o de não agravar o déficit que já existe na população e o outro iria além, o de reforçar o sistema imunológico e assim conseguir evitar casos de microcefalia.
Segundo ele, o sistema imunológico do ser humano é dependente da vitamina D e, quando os níveis dela estão baixos, maior a susceptibilidade de adquirir infecções. “A imunidade inata, que depende dos níveis de vitamina D, estimula a placenta a produzir peptídeos antimicrobianos. Dessa forma, a plancenta funciona como uma barreira para os vírus, inclusive o zika”, afirmou o pesquisador.
Um dos estudos apontados por Coimbra, e realizado em Minas Gerais, mostrou que 85% das mães e bebês recém-nascidos tinham déficit de vitamina D. Diante dessa falta já conhecida, o pesquisador diz que é preciso avaliar o uso de suplementação nas mulheres, para reforçar a defesa contra a ação do vírus e evitar os casos de malformação.
?? Eu doso a vitamina D nas gestantes que acompanho no primeiro, segundo e terceiro trimestres e reponho de forma personalizada.
?? Vitamina D é um exame que faz parte da minha rotina também de atendimento ginecológico
?? Eu e todos da minha família suplementarmos a vitamina D
?? Observo a epidemia de deficiência de vitamina D no meu consultório
??Algoritmo da ISUOG para diagnóstico de microcefalia:
1. Ultrassonografia precoce: Determinação correta da idade gestacional pela aferição do Comprimento Cabeça Nádega (CCN) em ultrassonografia do primeiro trimestre.
2. Ultrassonografia de base: – Se abaixo de 14 semanas
* Aferir CCN, Circunferência Cefálica (CC) e Diâmetro Biparietal (DBP)
* Avaliar anatomia fetal
– Se acima de 14 semanas
* Aferir DBP, CC, Circunferência Abdominal (CA) e comprimento do fêmur (CF)
* Avaliar anatomia fetal
* Aferir o ventrículo lateral (VL) e o diâmetro transcerebelar (DTC)
* Avaliar presença de achados associados às infecções congênitas: microcalcificações periventriculares, ecogenicidades intraventriculares e irregularidade no formato do ventrículo lateral
3. Ultrassonografias subsequentes:
– Tomar cuidado para diferenciar e priorizar os exames em pacientes com maior exposição ao Zika vírus
– Ultrassonografias seriadas a cada 4-6 semanas
4. Desvio do normal
– Se houver alteração na circunferência cefálica abaixo de dois desvios padrões ou alterações cerebrais, encaminhar para especialista (medicina fetal) para realização de neurossonografia.
– Pode-se optar pela realização da ambiocentese (retirada de uma pequena quantidade de líquido amniótico) para avaliação de PCR para Zika
– Outra possibilidade é prosseguir investigação através de ressonância magnética cerebral fetal
Os flavivírus (Dengue, Zika e Febre do Nilo) também se replicam a partir de reações de metilação, no caso dos RNA-vírus, metilação do próprio RNA. Os trabalhos informam que a transformação da S-Adenosil-Metionina (SAM) em S-Adenosil-Homocisteína (SAH), estimula produção de enzimas denominadas metiltransferases que podem servir tanto para produção de células de defesa, mas também servem para a replicação viral. Tem um artigo inclusive que informa que uma bactéria, a Escherichia coli, produz também estas metiltransferases. Drogas anti-folato, anti metiltransferases tecnicamente podem ajudar a erradicar o vírus, o grande problema é que vai também diminuir a imunidade do indivíduo e não pode ser utilizado na gravidez. ??????E o que isto tem a ver?
?? Uma infecção urinária ou uma disbiose intestinal com predomínio de bactérias que produzam metiltransferases relacionadas à replicação dos flavivírus PODEM sim constituírem fatores de risco importantes.
Além da inflamação crônica, clínica ou subclínica:
?? Imagine um ambiente destes, de inflamação crônica, associado à baixa de ácido fólico, de vitamina B12 e de vitamina D. Terá ou não um risco maior? SIM!!!
??Imagine ainda se por acaso esta pessoa for exposta a contaminantes, poluentes, água de péssima qualidade, alimentação de baixa qualidade nutricional. Terá ou não um risco maior? SIM!!!
?? Imagine ainda se a pessoa se encontrar estressada, com as defesas imunológicas ainda mais baixas por enfrentar problemas pessoais, sem dormir direito ou por fatores de riscos inerentes à sua condição social e econômica.
Terá ou não um risco maior? SIM!!!
OK, você acha que esta pessoa não existe?
Esta pessoa existe sim e na verdade, pode existir uma população enorme com estas características!!!
Vulnerabilidade social é fator de risco para infecções, incluindo obviamente o Zika vírus. Não se alimentar bem, não suplementar ácido fólico antes e durante a gravidez, não avaliar vitamina D, B12, Homocisteína, expor-se a vários fatores de riscos é muito comum aqui no Nordeste.
Conheça (e combata) o mosquito, o vírus, mas por favor não esqueça de investigar (e tratar) a pessoa, o ser humano
??????Se o vírus da Dengue é da família Flaviviridae e do gênero flavivirus, o mesmo do Zika vírus, compreender através de estudos bem estabelecidos estratégias de tratamento para a mesma família PODE ser muito importante no combate a esta epidemia de Zika e Microcefalia. Assim, se vários trabalhos apontam que a Vitamina D reduz a infecção do vírus da Dengue (e vários outros tipos de infecções, doenças auto-imunes) FAZ SENTIDO aplicar o mesmo raciocínio para a infecção pelo Zika. Ou você vai ficar esperando um trabalho prospectivo, duplo-cego e randomizado em gestantes que tiveram infecção pelo Zika vírus, um grupo suplementando vitamina D e outro apenas placebo??? ? Acredito que a Vitamina D em dose adequada pode ajudar a aumentar a imunidade das gestantes. Os trabalhos suportam esta linha de raciocínio. Não existe uma dose ideal, fixa, ela pode variar dependendo de cada indivíduo, isto deve ser avaliado mediante consulta presencial. ? Recomendação: mantenha os níveis de vitamina D nos melhores parâmetros da normalidade, principalmente se for gestante ou se estiver diante de um quadro viral.
?? Um caso interessante de febre de origem obscura cursando com anemia hemolítica (que destrói as hemácias) e trombocitopenia (diminuição das plaquetas – elementos responsáveis por nossa coagulação) numa garota de 17 anos.
? Algumas infecções como Dengue, malária, citomegalovírus, Vírus Ebstein-barr, Parvovírus, Endocardite infecciosa, doenças auto-imunes (Lúpus Eritematoso Sistêmico), vasculites, síndrome hemolítico-urêmica, Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), anemia hemolítica auto-imune, ou drogas/medicamentos podem ser causas do quadro clínico acima descrito.
?? Depois de um mês de investigação com todos os exames possíveis e imagináveis, ficaram apenas com quarto principais alterações laboratoriais envolvidas com a etiologia (causa) da doença: deficiência de vitaminas B12, D, Ácido fólico e aumento da homocisteína. Tratou com Vitamina B12 e D, apresentando melhora significativa todo o quadro clínico (CURA) com 4 dias. Por que não avaliar os nutrientes principais envolvidos no nosso sistema de defesa imunológica, com a metilação do DNA tão importante para a replicação cellular? Um tratamento simples, melhorando um quadro tão obscuro e grave.
?? OBS: Dengue hemorrágica pode ter comportamento semelhante com o quadro clínico apresentado. O Vírus da Dengue é da mesma família do Zika vírus. Logo, vale a pena avaliar vitaminas D, B12, ácido fólico e Homocisteína mediante uma suposta infecção pelo Zika vírus, principalmente em gestantes e idosos. Pelo menos até que algum cristão descubra o mecanismo fisiopatológico e bioquímico do Zika vírus e o desenvolvimento de microcefalia fetal. Enquanto isso: #vamosaumentaraimunidadedasnossasgestantes com alimentação saudável e suplementação de vitaminas de forma adequada e criteriosa.
“— Quando a gente descobriu que ela havia ficado grávida, a saúde pública em Teresópolis estava precária. Havia uma greve. Depois, viram que a gravidez era de alto risco e veio o problema: os médicos do posto pediam vários exames, mas, quando a gente ia marcá-los, não tinha vaga no SUS. Ela não podia esperar, então comecei a vender meus instrumentos musicais e a pegar vales no serviço para pagar os exames em clínicas particulares — conta Robson, de 33 anos, que calcula ter gastado cerca de R$ 1.500 em ultrassonografias e ecocardiogramas.” “Casados há três anos, Robson e Raquel vivem numa casa simples em Teresópolis, no bairro São Pedro. A rotina da família — formada ainda por Leonardo, de 6 anos, filho do primeiro casamento de Raquel, e Carol, de 11, e Estefany, de 5, filhos do relacionamento anterior de Robson — mudou bastante depois da chegada de Pedro Emanuel.” “Robson sustenta a família com os pouco mais de mil reais que ganha como cozinheiro. ” A verdade mesmo é que a microcefalia no Brasil é uma epidemia que traduz as péssimas condições de vida e de saúde de nossa população. ? Quer saber mais sobre Zika e microcefalia ? Conheça a família dos bebês com microcefalia: onde moram, o que comem e como foi a assistência pré-natal, ao nascimento e depois do parto!!! Fonte: http://m.oglobo.globo.com/rio/casal-conta-como-ter-um-bebe-com-microcefalia-18863900
?Pânico, medo, desespero… Infelizmente esta epidemia de microcefalia no Brasil tem assustado muitas famílias. Vários casais chegam com os seus bebês ainda no útero (fetos) com quadro ultrassonográfico de restrição crescimento intrauterino, achando que é microcefalia.
??Na restrição de crescimento, o bebê (feto) apresenta diminuição da circunferência cefálica (medida da cabeça), do diâmetro biparietal (medida da cabeça), da circunferência abdominal (circunferência da barriga) e do comprimento do fêmur (medida do osso da coxa do bebê).Nestes casos, pode-se evidenciar até mesmo modificações dos parâmetros do Doppler obstétrico (ferramenta para avaliar o fluxo materno, placentário e fetal).
??Os casos de microcefalia podem até apresentar estas alterações, mas em geral apresentam:
microcalcificações periventriculares
dilatação ventricular
alterações no corpo caloso e
em geral apenas a cabeça está desproporcional e pequena para o restante do corpo ?? O casal chegou ao meu consultório desesperado, por um pedido do grupo UMA => União de Mães de Anjos (bebês portadores de microcefalia). Após realizar avaliação ultrassonográfica e considerar apenas que se tratava de uma restrição do crescimento fetal, procurei tranquilizar o casal, orientei a alimentação da mãe, a suplementação vitamínica e que esperasse o nascimento de sua bebê pois, ao meu ver, não se tratava de microcefalia. A gestante teve quadro clínico de provável infecção pelo Zika vírus 3 meses antes de engravidar. No final, graças a Deus, deu tudo certo! ??Até eles que são leigos, perceberam a importância da alimentação e da suplementação nutracêutica na gravidez Enfim, MENOS PÂNICO e MAIS ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL e SUPLEMENTAÇÃO ADEQUADA. A verdade mesmo é que a microcefalia no Brasil é uma epidemia que traduz as péssimas condições de vida e de saúde de nossa população. ? Quer saber mais sobre Zika e microcefalia ? Conheça a família dos bebês com microcefalia: onde moram, o que comem e como foi a assistência pré-natal, ao nascimento e depois do parto!!!
A verdade mesmo é que a microcefalia no Brasil é uma epidemia que traduz as péssimas condições de vida e de saúde de nossa população. ? Quer saber mais sobre Zika e microcefalia ? Conheça a família dos bebês com microcefalia: onde moram, o que comem e como foi a assistência pré-natal, ao nascimento e depois do parto!!!
Um artigo publicado em 4 de março de 2016, tenta explicar explicar o potencial teratogênico do Zika vírus e o papel da placenta. Existem duas hipóteses possíveis sobre o papel da placenta: uma que ela é responsável pela transmissão direta do Zika vírus para o embrião/feto. Outra hipótese é que a placenta responda à infecção viral que pode estar contribuindo ou causando o defeito cerebral. A placenta pode produzir uma resposta inflamatória que provoca alteração no desenvolvimento do sistema nervoso do feto ou mesmo produzir moléculas que funcionem como disruptor do sistema nervoso central do feto como o genes envolvidos na microcefalia (MCPH1-12, CEP63 e CASC5). Na prática, como ultrassonografista / medicina fetal, há uma notória restrição do crescimento nas pacientes que tiveram quadro clínico de infecção pelo Zika vírus. Na série de casos do Rio de Janeiro, ocorreram vários óbitos intrauterinos tardios e ultrassonografias com alterações no Doppler das artérias cerebral média e umbilical. Microcalcificações cerebrais, redução da circunferência craniana, dilatação ventricular, alterações na morfologia do corpo caloso, também são outros achados ultrassonográficos comuns na suposta Síndrome da Zika Congênita.
Na prática, como obstetra, é muito comum associar óbitos intrauterinos e restrição do crescimento a trombofilias, síndromes antifosfolípides (SAF) e distúrbios hipertensivos. Encontramos diversos outros fatores de risco comuns na gravidez como anemia, obesidade, diabetes, deficiências nutricionais de vitamina B12, D e ácido fólico, enfim, patologias que podem estar relacionadas com a diminuição da imunidade materno-fetal. Corrigir estes fatores de risco me parece algo fundamental nesta epidemia. Na verdade, acredito mesmo que é possível a prevenção, afinal, por que algumas gestantes tem o quadro de infecção viral pelo Zika vírus e seus fetos não apresentam alterações?
Na prática, continuarei enfatizando a importância de melhorar a imunidade das gestantes através da alimentação saudável e a suplementação de nutrientes importantes o ácido fólico, vitamina B12 e D, conforme a necessidade de cada pessoa.
Necessitamos de um estudo que analise a real situação do status pré-concepcional e gravídico de importantes nutrientes como vitamina D, B12 e ácido fólico, além da homocisteína, um marcador importante inflamatório e de distúrbios hipertensivos e tromboembólicos.
Fonte: http://www.thelancet.com/pdfs/journals/lancet/PIIS0140-6736(16)00650-4.pdf
A suspeita de ligação entre a infecção ZIKA e microcefalia é uma preocupação de saúde global urgente. Tang et al. (4 de março de 2016) relataram que o Zika vírus infecta diretamente células progenitoras neuronais corticais humanas com elevada eficiência, resultando em crescimento atrofiado desta população de células e a desregulação da transcrição.
A figura acima explica o que provavelmente ocorre durante a infecção pelo Zika vírus no sistema nervoso:
??Zika vírus (ZIKV) infecta as células corticais embrionárias humanas progenitoras neurais (hNPCs)
??hNPCs ZIKV infectados produzir partículas infecciosas Zika
??Infecção pelo ZIKV leva a um aumento da morte celular de hNPCs
??Infecção pelo ZIKV desregula o ciclo celular e a transcrição de hNPCs
?Mais uma vez me parece muito óbvio que se melhorarmos a imunidade da gestante e consequentemente do feto, será possível o reparo e a proliferação cellular adequada. Fatores de riscos associados à infecção pelo Zika (provavelmente anemia, trombofilia, infecção associada, polimorfismo genético, carência de nutrientes, etc) podem contribuir a favor da infecção.
?Talvez isto explique porque algumas gestantes têm infecção pelo Zika virus e os bebês não desenvolvem microcefalia. Enfim, como já venho escrevendo há um tempinho: Gestantes devem se alimentar de forma saudável, suplementar alguns nutrientes importantes como o ácido fólico, avaliar a vitamina B12, B6 e a vitamina D, além do uso de repelentes de forma criteriosa e o combate ao mosquito.
??Enquanto isso, no New England Journal of Medicine (NEJM), um artigo free no link (http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa1602412), relata uma Coorte (casos que foram acompanhados) do Rio de Janeiro. Finalmente um estudo apontou o perfil sócio demográfico, especificamente em relação à renda familiar, em 23,1% dos casos avaliados, as famílias recebiam mais de 5 salários mínimos. Porém, esta avaliação foi para os casos com sorologia positiva para Zika, seria interessante estratificar o grupo dos casos com microcefalia. Eu acredito que os casos com microcefalia estão relacionados às baixas condições econômicas. Pelo menos é o que a realidade de Recife aponta.
O que mais me chamou atenção foram as diversas alterações nos exames ultrassonográficos de 12 (29%) dos 42 fetos que foram acompanhados. Os achados mais comuns além da microcefalia foram: calcificações cerebrais periventriculares, restrição do crescimento intrauterino, insuficiência placentária, oligoâmnio, alteração no Doppler da artéria cerebral média e umbilical, cisto de plexo coróide, agenesia do vérmix cerebelar, mega cisterna magna e ventriculomegalia.
Em relação aos achados no nascimento: ocorreram 6 óbitos intra-útero, 2 óbitos ao nascimento, 2 foram apenas pequenos para a idade gestacional e o outro sobrevivente apresentou microcefalia, calcificações cerebrais na tomografia, atrofia cerebral e lesões oculares.
? Enfim, esta coorte mostra o quão importante é a avaliação ultrassonográfica, incluindo o diagnóstico diferencial de restrição de crescimento e a avaliação Doppler para insuficiência placentária. Não se trata apenas da microcefalia per si, mas uma série de alterações cerebrais, algumas destrutivas, vasculares, do líquido amniótico e da placenta. Fundamental ainda é avaliar o porquê da elevada mortalidade intrauterina: trombofilias e distúrbios hipertensivos estão relacionados com morte intrauterina (ambas podem cursar com o aumento da homocisteína) e justificam ainda as alterações relacionadas ao Doppler.
Jornal da Associação Americana de Saúde Pública traz como capa a epidemia de microcefalia e provável associação com a infecção pelo Zika vírus no Brasil. Um trabalho de um importante grupo de pesquisa no Brasil, envolvendo profissionais de diversas instituições de Pernambuco: UPE, UFPE, e o Ageu-Magalhães/FIOCRUZ foi publicado; uma série de casos descrevendo os achados clínicos e laboratoriais. Infelizmente, um artigo fechado (tem que pagar pra conseguir o texto completo), apenas tive acesso ao abstract.
Artigos científicos importantes, sobretudo nesta epidemia, deveriam ser compartilhados, livres para download. Ainda existe muita vaidade científica mesmo.