Síndrome Gripal e Sindrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na Gravidez, Parto e Puerpério

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Vídeo sobre o Protocolo do ministério da Saúde sobre Sídrome Gripal e SRAG na Gravidez. Espero que ajude. Curta e compartilha!

Abaixo o protocolo o ministério da saúde sobre classificação de risco e anejo da paciente comm Síndrome Gripal / SRAG. Disponível na íntegra AQUI . E o protocolo do Ministério da Saúde completo para Tratamento da Influenza você encontra AQUI .

Abaixo: enfatizarei as informações que considero mais importante sobre o assunto.

Para o correto manejo clínico da influenza, é preciso considerar e diferenciar os casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

SÍNDROME GRIPAL – SG Indivíduo que apresente febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico. Em crianças com menos de 2 anos de idade, considera-se também como caso de síndrome gripal: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico.

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE – SRAG Indivíduo de qualquer idade, com síndrome gripal (conforme definição anterior) e que apresente dispneia ou os seguintes sinais de gravidade:
• Saturação de SpO2 <95% em ar ambiente.
• Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com a idade.
• Piora nas condições clínicas de doença de base.
• Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente. Ou
• Indivíduo de qualquer idade com quadro de insuficiência respiratória aguda, durante período sazonal.

Em crianças: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.

*Fatores de Risco:
População indígena; gestantes;
Puérperas (até 2 semanas após o parto);
Crianças ( 2 anos),
Adultos ( 60 anos);
Pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica); doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus); transtornos neurológicos e do desenvolvimento que possam comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção congênita, lesões medulares, epilepsia,paralisia cerebral,Síndrome de Down, AVC ou doenças neuromusculares); imunossupressão (medicamentos,neoplasias,HIV/Aids); nefropatias e hepatopatias.

** Sinais de Piora do Estado Clínico: persistência ou agravamento da febre por mais de 3 dias; miosite comprovada por CPK ( 2 a 3 vezes); alteração do sensório; desidratação e,em crianças,exacerbação dos sintomas gastrointestinais.

INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA – UTI
Choque;
Disfunção de órgãos vitais;
Insuficiência Respiratória;
Instabilidade hemodinâmica

Instabilidade hemodinâmica persistente (pressão arterial que não respondeu à reposição volêmica (30 mL/kg nas primeiras 3 horas), indicando uso de amina vasoativa (exemplo: noradrenalina, dopamina, adrenalina).

Sinais e sintomas de insuficiência respiratória, incluindo hipoxemia (PaO2 abaixo de 60 mmHg) com necessidade de suplementação de oxigênio para manter saturação arterial de oxigênio acima de 90%


Evolução para outras disfunções orgânicas, como insuficiência renal aguda e disfunção neurológica.


GESTANTES E PUÉRPERAS


As modificações fisiológicas da gestação tornam a mulher mais vulnerável a complicações por infecções respiratórias, fato evidenciado pela maior mortalidade registrada neste segmento populacional durante a pandemia de influenza em 2009.

Gestantes e puérperas estão no grupo de pacientes com condições e fatores de risco para complicações por influenza.

Para este grupo, recomenda-se:
• Na consulta médica deve ser realizado o exame físico, incluindo ausculta e frequência respiratória, assim como os demais sinais vitais e a aferição da oximetria de pulso. São considerados sinais de alarme em gestantes valores de frequência respiratória >20 rpm ou frequência cardíaca >100 bpm.
• Mesmo podendo representar manifestação fisiológica da gravidez, a queixa de dispneia deve ser valorizada na presença de síndrome gripal.
• Em pacientes com sinais de agravamento, incluindo SpO2 <95%, considerar o início imediato de oxigenoterapia, monitorização contínua e internação hospitalar.
• Gestantes e puérperas, mesmo vacinadas, devem ser tratadas com antiviral, fosfato de oseltamivir (Tamiflu), na dose habitual para adultos, indicado na síndrome gripal independentemente de sinais de agravamento, visando à redução da morbimortalidade materna.
• Não se deve protelar a realização de exame radiológico em qualquer período gestacional quando houver necessidade de averiguar hipótese diagnóstica de pneumonia.
• A elevação da temperatura na gestante deve ser sempre controlada com antitérmico uma vez que a hipertermia materna determina lesões no feto. A melhor opção é o paracetamol.
• Devem ser tomadas precauções com o recém-nascido no puerpério (ver item que trata sobre o Manejo do Recém-Nascido, filho de mãe com influenza ou suspeita clínica). Todas as gestantes e puérperas com síndrome gripal, mesmo não complicadas, devem ser tratadas com antiviral. O tratamento com fosfato de oseltamivir não é contraindicado na gestação (categoria C) e sua segurança foi comprovada.


Abaixo o resumo de um artigo bem interessante https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34958603/

Características e resultados de mulheres grávidas hospitalizadas com gripe, 2010 a 2019: um estudo transversal repetido

Rachel Holstein 1Fatimah S Dawood 1Alissa O’Halloran 1Charisse Cummings 1Dawud Ujamaa 2Pam Daily Kirley 3Kimberly Yousey-Hindes 4Emily Fawcett 5Maya L Monroe 6Sue Kim 7Ruth Lynfield 8Chelsea McMullen 9Alison Muse 10Nancy M Bennett 11Laurie M Billing 12Melissa Sutton 13Ann Thomas 13H Keipp Talbot 14William Schaffner 14Risco Ilene 15Carrie Reed 1Shikha Garg 1

Resumo

Antecedentes: Mulheres grávidas podem ter risco aumentado de resultados graves associados à influenza.

Objetivo: Descrever as características e desfechos de gestantes hospitalizadas com influenza.

Desenho: Estudo transversal repetido.

Local: Rede de Vigilância de Hospitalização de Influenza dos EUA com base populacional durante as temporadas de influenza de 2010-2011 a 2018-2019.

Pacientes: Mulheres grávidas (com idades entre 15 e 44 anos) hospitalizadas com influenza confirmada em laboratório, identificadas por meio do atendimento inicial pelo obstetra ou através de testes práticos.

Medidas: características clínicas, intervenções e desfechos maternos e fetais hospitalares foram obtidos por meio de abstração de prontuário. A regressão logística multivariada foi usada para avaliar a associação entre o subtipo A da influenza e os desfechos maternos graves associados à influenza, incluindo admissão na unidade de terapia intensiva (UTI), ventilação mecânica, oxigenação por membrana extracorpórea ou óbito hospitalar.

Resultados: De 9.652 mulheres de 15 a 44 anos hospitalizadas por influenza, 2.690 (27,9%) estavam grávidas. Entre as 2.690 mulheres grávidas, a idade média era de 28 anos, 62% estavam no terceiro trimestre e 42% tinham pelo menos uma doença subjacente. No geral, 32% foram vacinados contra a gripe e 88% receberam tratamento antiviral. Cinco por cento necessitaram de admissão na UTI, 2% necessitaram de ventilação mecânica e 0,3% ( n= 8) morreu. Mulheres grávidas com influenza A H1N1 eram mais propensas a ter desfechos graves do que aquelas com influenza A H3N2 (razão de risco ajustada, 1,9 [IC 95%, 1,3 a 2,8]). A maioria das mulheres (71%) ainda estava grávida na alta hospitalar. Entre 754 mulheres que não estavam mais grávidas no momento da alta, 96% tiveram uma gravidez resultando em nascimento vivo e 3% tiveram perda fetal.

Limitação: os desfechos maternos e fetais ocorridos após a alta hospitalar não foram capturados.

Conclusão: Ao longo de 9 temporadas de influenza, um terço das mulheres em idade reprodutiva hospitalizadas com influenza estavam grávidas. O Influenza A H1N1 foi associado a desfechos maternos mais graves. As mulheres grávidas continuam sendo um grupo-alvo de alta prioridade para a vacinação.

Fonte de financiamento primária: Centros para Controle e Prevenção de Doenças.


Abaixo encontrei um material educativo bem interessante da Secretaria de Saúde de Minas Gerais no link https://www.saude.mg.gov.br/gripe

O QUE É GRIPE INFLUENZA? 

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão sendo responsável por elevadas taxas de hospitalização.
O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Tipo A

Os vírus influenza do tipo A são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, tais como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves.

Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos. Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros.

Tipo B

Os vírus tipo B Infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos. 

A CAMPANHA 2021

A estratégia de vacinação contra gripe (influenza) foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999 com o propósito de reduzir internações, complicações e óbitos na população elegível.

Em 2021, a campanha de vacinação contra a gripe acontece no período de 12 de abril a 09 de julho de 2021. É dividida em 3 fases que contemplarão os grupos definidos pelo Ministério da Saúde sendo que o planejamento de atendimento e vacinação de cada um desses grupos é organizado por cada município. A meta é vacinar pelo menos 90% de cada um dos grupos prioritários.

As ações de imunização continuam a ser extremamente importantes para a proteção contra a gripe (influenza) e devem ser mantidas apesar de todos os desafios frente à circulação contínua ou recorrente da Covid-19 (SARS-CoV-2).

CALENDÁRIO

Seguindo o Plano Nacional de Imunizações (PNI), este ano a vacinação contra Gripe é dividida em 3 etapas. Informe-se. Consulte os grupos prioritários e calendário de vacinação definidos pela sua cidade.

tabela 1 3

POR QUE SE VACINAR?

A vacina contra a Gripe (Influenza) é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por gripe, além disso, a vacinação permitirá, ao longo de 2021, prevenir complicações, óbitos e as suas consequências sobre os serviços de saúde decorrentes da doença. A vacinação contra a Gripe (Influenza) também tem como objetivo minimizar a carga da doença, reduzindo os sintomas que podem ser confundidos com os da covid-19.

QUANDO SE VACINAR?

Se você pertence a um dos grupos prioritários, fique atento ao  calendário de vacinação definido pela sua cidade.

ONDE SE VACINAR?

A vacina contra a gripe (Influenza) está disponível nos mais de 5.000 postos de vacinação distribuídos em todo Estado de Minas Gerais. É segura e gratuita, sendo disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência, seguindo as orientações de prevenção a Covid-19, e leve o cartão de vacinação.

A VACINA DE GRIPE PROTEGE CONTRA O CORONAVÍRUS?

Não! A vacina de gripe protege contra o vírus Influenza evitando casos graves e mortes causados por ele, mas NÃO oferece nenhuma imunização contra o Coronavírus.

POSSO TOMAR VACINA DE GRIPE E DE COVID-19 AO MESMO TEMPO?

Não! Deve-se respeitar um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas. Ou seja, se tomar a vacina contra a Influenza, espere 14 dias para tomar a da Covid-19. Se tomar primeiro a da Covid-19, 1ª ou 2ª dose, espere mais 14 dias para tomar a da Influenza.

Por isso, é importante que você leve o seu cartão de vacinas no dia em que for se vacinar para ajudar no controle do profissional de saúde.

VACINAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA

As ações de imunizações continuam a ser importantes para a proteção contra a Influenza (gripe) e devem ser mantidas apesar de todos os desafios frente à circulação contínua ou recorrente da covid-19.

Ao se dirigir a um posto de saúde para se vacinar, não esqueça de levar o cartão de vacinação, utilizando a máscara respeitando todas as medidas de distanciamento social.

TRANSMISSÃO:

A transmissão dos vírus do tipo influenza ocorre, assim como com a gripe comum e com o Coronavírus, por meio de secreções respiratórias passadas de uma pessoa para outra, como gotículas de saliva, tosse ou espirro, principalmente. Além disso, é possível pegar a gripe por contato com superfícies contaminadas com gotículas respiratórias (o que pode incluir qualquer objeto).

SINTOMAS:

Os principais sintomas da gripe são:

  • Febre;
  • Dor no corpo;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Dor de cabeça.

Sintomas incomuns:

  • Calafrios;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Dor nas juntas;
  • Mal-estar;
  • Mialgia (dor muscular);
  • Prostraçao;
  • Secreção nasal excessiva.

Outros sintomas:

  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Fadiga;
  • Rouquidão;
  • Olhos avermelhados e lacrimejantes.

Sintomas em Adultos

O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade.

Sintomas em Crianças

As crianças podem apresentar febre alta, aumento dos linfonodos cervicais, quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais.

Sintomas em Idosos

Em geral, nos idosos a temperatura não atinge níveis elevados. É comum que eles se apresentem febris, mas sem outros sintomas associados.

Qual a diferença entre Gripe e Resfriado?

A principal diferença entre a gripe e o resfriado é a intensidade de seus sintomas e, de forma mais técnica, o local afetado das vias respiratórias. De modo geral, na gripe os sintomas são mais intensos e no resfriado são mais leves e têm uma menor duração.

Possíveis complicações da Gripe (Influenza)

As situações reconhecidamente de risco incluem doença pulmonar crônica (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias.

As complicações são mais comuns em idosos e indivíduos com comorbidades. As mais frequentes são as pneumonias bacterianas secundárias, sendo provocadas pelos seguintes agentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus ssp e Haemophillus influenzae.

Uma complicação incomum, e muito grave, é a pneumonia viral primária pelo vírus da influenza. Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é geralmente mais arrastado e, muitas vezes, mais grave. Gestantes com quadro de influenza no segundo ou terceiro trimestre da gravidez estão mais propensas à internação hospitalar. 

COMO SE PREVENIR:

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações e, devido às diversas mutações do vírus, é necessária a vacinação anual contra a gripe. Por isso, todo ano, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. Este imunobiológico protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no Hemisfério Sul no último ano.

Outras medidas de prevenção:

Orienta-se a adoção de outras medidas gerais de prevenção para toda a população. Tais medidas são comprovadamente eficazes na redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como o vírus da gripe e do coronavírus, mas não substituem vacina:

  • Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilize lenço descartável para higiene nasal;
  • Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  • Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Mantenha os ambientes bem ventilados;
  • Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
  • Em caso de gripe, procure seu médico ou a unidade mais próxima para diagnóstico e tratamento adequados.

Importante!

O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso apresente algum desses sintomas: dificuldade para respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vomito persistente, convulsão. 

Em caso de suspeita de Covid-19, devo me vacinar contra Gripe?

Se estiver com diagnóstico ou com suspeita de Covid-19, adie a sua vacinação até a sua recuperação total ou pelo menos, 28 dias após o início dos sintomas ou do teste positivo para Coronavírus, caso seja assintomático.

Posso tomar a vacina de Gripe (Influenza) junto com a vacina de Coronavírus?

Não! Deve-se respeitar um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas. Ou seja, se tomar a vacina contra a Influenza, espere 14 dias para tomar a da Covid-19. Se tomar primeiro a da Covid-19, 1ª ou 2ª dose, espere mais 14 dias para tomar a da Influenza.

Aguardei os 14 dias entre as vacinas e perdi a data para Vacinação contra Gripe, o que fazer?

Se você pertence a um dos grupos prioritários que já foi vacinado contra a Covid-19, mas perdeu a data do seu grupo de vacinação contra a Gripe (Influenza), você deve ir ao posto de saúde mais próximo de sua residência para receber a vacina contra Gripe (Influenza). Leve o seu cartão de vacinação.

Gripe H1N1 tem cura?

A princípio sim, mas depende da gravidade do caso. Quando o paciente procura um pronto-socorro ao sinal dos primeiros sintomas e segue o tratamento indicado pelo médico, ele tem uma completa resolução do quadro. Contudo, em alguns casos, a gripe H1N1 pode levar a óbito.

Lembre-se! A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações.

Qual o período de incubação do vírus Influenza?

O período de incubação do vírus Influenza é, em geral, de um a quatro dias.

Qual o período de transmissibilidade do vírus?

Adulto: podem transmitir o vírus entre 24 e 48 horas antes do início de sintomas, porém em quantidades mais baixas do que durante o período sintomático. Nesse período, o pico da excreção viral ocorre, principalmente entre as primeiras 24 até 72 horas do início da doença.

Pessoas com imunodepressão: podem transmitir vírus por semanas ou meses.

Crianças: quando comparadas aos adultos, também excretam vírus mais precocemente, com maior carga viral e por períodos mais longos.

Quais os grupos que apresentam condições e fatores de risco para complicações, com indicação de tratamento?

  • Grávidas em qualquer idade gestacional;
  • Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
  • Adultos com 60 anos ou mais;
  • Crianças com menos de6 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade);
  • População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;
  • Pneumopatias (incluindo asma);
  • Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
  • Nefropatias;
  • Hepatopatias;
  • Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
  • Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
  • Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
  • Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana);
  • Obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC ≥ 40 em adultos);
  • Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).

Como será o esquema de doses para crianças?

Todas as crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias) que receberam pelo menos uma dose da vacina influenza sazonal em anos anteriores, devem receber apenas uma dose em 2021. Para a população indígena, a vacina está indicada para as crianças de 6 meses a menores de nove anos de idade.

O que as gestantes precisam saber?

As gestantes devem se vacinar em qualquer idade gestacional por apresentarem maior risco de doenças graves e complicações causadas pela influenza. Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de gravidez.

O que as puérperas (mulheres no período até 45 dias após o parto) precisam saber?

Todas as mulheres no período até 45 dias após o parto estão incluídas no grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros) durante o período de vacinação.

Há alguma contraindicação para esta vacina?

A vacina é contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade e pessoas com história de anafilaxia a doses anteriores apresentam contraindicação a doses subsequentes.

Quais as diferenças entre os vírus H1N1, H2N3 e H3N2?

Não há grandes diferenças entre os vírus H1N1, H2N3 e H3N2 no que diz respeito às doenças que cada um causa, na maneira de se prevenir e no tratamento. A distinção entre os três subtipos de Influenza está nas proteínas específicas que cada um tem em sua superfície. A H1N1, no entanto, é que ela pode levar o paciente à morte devido ao agravamento dos sintomas, quando comparado aos quadros de outros tipos de gripe. Portanto, ela pode ser considerada como um tipo mais agressivo se não tratada adequadamente.


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